Pulseiras eletrónicas custam menos 33 euros por dia do que um recluso numa cadeia

Cada um dos 582 arguidos com pulseira eletrónica, instrumento que pode substituir as penas de prisão até dois anos ou a prisão preventiva, custa ao Estado menos 33 euros por dia do que um recluso numa cadeia.

Atualmente estão ativadas 582 pulseiras (Vigilância Eletrónica) e o custo de cada uma é de 17,20 euros por dia, muito mais barato do que o custo médio diário de um recluso no sistema prisional, que ronda os 50 euros, segundo os dados fornecidos pelo Ministério da Justiça à agência Lusa.

Em termos globais, as 582 pessoas vigiadas através deste dispositivo custam ao Estado cerca de 10 mil euros por dia. Em contrapartida, os 11.921 reclusos que ocupam as cadeias portuguesas representam um encargo diário de 596 mil euros.

Das 582 pessoas vigiadas através de pulseira, 173 estão na área do Porto, das quais 122 estão obrigadas a permanecer na habitação como medida de coação, 37 foram condenadas a penas de prisão até dois anos e 14 cometeram o crime de violência doméstica.

Em Lisboa, este dispositivo eletrónico está aplicado em 136 pessoas, na sua quase totalidade (119) como medida de coação de obrigação de permanência na habitação por ordem do tribunal.

As restantes 17 foram condenadas a pena de prisão (seis), cinco como forma de adaptação à liberdade condicional e outras cinco por violência doméstica.

Fonte: Lusa