Empresas públicas com dificuldade em prestar contas

Algumas das empresas públicas que passaram a contar para o défice não conseguiram entregar as suas contas a tempo de serem incluídas no boletim que é hoje publicado.

As empresas públicas que passaram a contar para o défice orçamental tiveram dificuldade em cumprir os prazos de prestação de contas à Direcção-geral do Orçamento, a tempo de serem incluídas no boletim que é hoje publicado, apurou o Diário Económico.

O primeiro boletim com contas de 2012 (que será sobre a execução orçamental de Janeiro) será hoje publicado e esta é a primeira vez que as empresas públicas reclassificadas estão incluídas. O Económico sabe que muitas empresas falharam o prazo interno de prestar informação até ao dia 10 de Fevereiro, levando a um alargamento deste prazo por mais seis dias. Esta falha acontece num momento em que a ‘troika' está a passar as contas do Estado a pente fino, a propósito da terceira avaliação da aplicação do programa de ajustamento.

Mesmo assim, houve empresas que não prestaram contas a tempo. O documento ficou fechado na sexta-feira e, a menos que tenham sido introduzidas alterações de última hora, serão identificadas as empresas que não prestaram contas, no documento que será hoje publicado. O Económico sabe que as empresas que falharam pertencem à tutela do Ministério da Economia.

A dificuldade em cumprir justifica-se sobretudo pela inexistência de sistemas informatizados de controlo da execução orçamental em contabilidade pública, adequados às exigências da DGO.

Recorde-se que as últimas empresas que foram integradas no perímetro de consolidação das administrações públicas - e que ficaram agora obrigadas à prestação mensal de contas - foram a Refer, Metro de Lisboa, Metro do Porto, RTP, Estradas de Portugal e Parque Expo. Contactado, o Ministério das Finanças recusou-se a comentar a informação antes de ser hoje publicado o boletim da DGO.

Diário Económico