AICEP diz que barreiras fiscais são um entrave à exportação

A AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal alertou hoje que as barreiras fiscais são entraves à exportação e que o assunto “deve ser reflectido ao nível cimeiro entre Estados-membros”.

Esta alerta foi feito hoje por um dos administradores da AICEP, Manuel Brandão, na sede da Secretaria Geral Ibero-Americana (SEGIB), uma reunião de alto nível sobre “melhoria de produtividade e competitividade das PME” daquela região, dedicada ao tema das pequenas e médias empresas e a sua internacionalização.

Neste encontro, Portugal foi representado pela AICEP, que defendeu a importância deste fórum qualificado “debruçar-se sobre o tema das PME como via para o reforço dos laços entre os países participantes”.

No entanto, a entidade presidida por Pedro Reis alertou para a questão das barreiras fiscais como entraves à exportação, considerando “que este tema deve ser reflectivo ao nível cimento entre Estados-membros”.

A participação de Portugal na SEGIB tem como objectivo apoiar as empresas portuguesas em processo de internacionalização para o mercado latino-americano.

“A América Latina já é uma prioridade para as exportações portuguesas e continuará a sê-lo”, disse à agência Lusa Pedro Reis, que hoje se reuniu com todos os embaixadores desta zona geográfica acreditados em Portugal com o objectivo de contribuir para aproximação e o estreitamento das relações económicas e comerciais portuguesas com aquela região.

“Dou o exemplo da Colômbia e do Peru onde o interesse das empresas é cada vez maior e onde recentemente decidimos abrir um centro de negócios”, salientou o presidente da AICEP.

“Fazendo um zoom na Colômbia, que é o terceiro país mais populoso da América Latina, verificamos a existência, já neste momento, de mais de 130 empresas portuguesas no terreno, quer em termos de exportações, quer de investimento”, disse.

Atendendo que se espera um crescimento do produto interno bruto (PIB) superior a 4,7% durante os próximos quatro anos, “compreendemos que esta pode ser claramente uma geografia com potencial comercial e económico para Portugal”, destacou.

Por isso, “é importante transmitir às empresas que estamos a trabalhar em diversas frentes, em Portugal, nos próprios países e também instâncias que agregam estes países, para agilizar os fluxos de investimento entre Portugal e a América Latina, construindo um caminho mais favorável à internacionalização das nossas empresas”, concluiu o responsável.

No ano passado, a América Central e do Sul representou 3,5% das vendas portuguesas de bens ao exterior. Em 2007, o peso era de 1,8%.

Público