Sindicato de chefes da PSP tenciona apresentar queixa crime contra hackers

O Sindicato Nacional da Carreira de Chefes da PSP tenciona apresentar queixa contra os autores do ataque à sua página de Internet, recusando que a divulgação de contactos de 107 polícias de Chelas tenha origem no seu site.

"No nosso site não existe qualquer lista de agentes. Só o que lá poderá existir, eventualmente, é algum nome de algum chefe mas não agentes", defendeu o presidente do sindicato, Manuel Gouveia, acrescentando que o site já está operacional e que será movida uma "ação crime contra os hackers".

O grupo de piratas informáticos LulzSec Portugal divulgou no sábado os dados pessoais e confidenciais de pelo menos 107 elementos da PSP de três esquadras (14.ª, 16.ª e 38.ª) da zona de Chelas, Lisboa.

Manuel Gouveia adiantou que a decisão de avançar para a justiça deverá ser tomada numa reunião de direção a realizar na sexta-feira, reconhecendo que os piratas entraram na lista "dos sócios que se inscrevem através da Internet" e "dentro das publicações" da página.

"Os dados que constam nessas fichas são o número de matrícula do indivíduo e onde presta serviço. Só que estamos a falar de chefes e a listagem de agentes da esquadra de Chelas tem a ver com agentes e não com chefes. Daí nós dizermos que a nós esse assunto não nos diz respeito", explicou o presidente do sindicato.

A LulzSec justifica no Twitter que a ação é uma "resposta aos ataques de mais de 50 'agentes provocadores' infiltrados na manifestação [do dia 24]". A lista contém postos, patentes, telefones e endereços eletrónicos.

Lusa