Sindicato diz que magistrados não são ensinados a resistir a pressões


O presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público alerta que os profissionais deste sector não são ensinados a resistir a pressões e defende que a lei de política criminal criada pelo anterior Governo de José Sócrates apenas teve como objectivo controlar a investigação.

João Palma, em entrevista ao programa “Terça à Noite” da Rádio Renascença, diz ainda que os tempos que vivemos exigem uma maior preparação dos procuradores que estão a conduzir as investigações do terreno, apelando a que essa preparação seja dada na formação no Centro de Estudos Judiciários.

Da mesma forma, para João Palma a independência e resistência dos magistrados é um pilar fundamental do Ministério Público. Já sobre a lei de política criminal aprovada pelo anterior Executivo, o presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público diz que “não serviu para nada” a não ser para controlar a investigação no país. E apela, por isso, a mais meios para quem está no terreno a trabalhar.

Questionado no mesmo programa sobre escolhas para o novo procurador-geral da República – cargo ocupado por Pinto Monteiro, mas que se encontra de saída –, João Palma não adianta nomes mas defende que um desconhecido da opinião pública e com capacidade de mudança e liderança seria a melhor opção.

Público